Setembro Amarelo: Combatendo o Suicdio

Artigo cadastrado dia 05/09/2017
Deputado Jefferson Campos comenta sobre o "Setembro Amarelo", ms escolhido para preveno do Suicido e alerta para a diminuio desses fatos no Brasil

Já cheguei a esta tribuna, em outras ocasiões, para abordar este mesmo tema, contudo, por conta do “Setembro Amarelo”, quero voltar a discursar a respeito.

 

Pelo terceiro ano consecutivo, trabalhamos, durante o mês de setembro, a campanha para ressaltar a necessidade de prevenção do suicídio intitulada Setembro Amarelo”. Neste tempo é comum ver espaços públicos e privados iluminados com a cor amarela. O período foi escolhido porque 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio.

 

Atualmente, o suicídio é um problema de saúde pública no Brasil e a sua ocorrência tem crescido entre os jovens. De acordo com os números oficiais, 32 brasileiros tiram suas próprias vidas todos os dias. Estima-se entre 10 e 20 tentativas para cada morte. Essa taxa é maior do que a de vítimas de AIDS e da maioria dos tipos de câncer. Mesmo assim, o tema é pouco discutido no Brasil e no mundo.

 

Segundo dados da pesquisa Violência Letal contra as Crianças e Adolescentes do Brasil e do Mapa da Violência, entre 1980 e 2012, as taxas de suicídio cresceram 62,5% na população em geral. Na faixa etária dos 15 aos 29 anos, a média aumenta em ritmo mais rápido do que em outros segmentos. São 5,6 mortes a cada 100 mil jovens.

 

O grande problema é que o suicídio é um tabu, na verdade,  estima-se que o número real de suicídios seja, pelo menos, 20% maior do que demonstram os dados oficiais.

 

A Organização Mundial da Saúde – OMS, também realizou um estudo, parte de um extenso programa de prevenção ao suicídio, em várias partes do mundo, para buscar solucionar o problema, sendo que a pesquisa foi realizada em nove cidades dos cinco continentes.  No Brasil, 515 pessoas foram entrevistadas em Campinas, SP. A pesquisa identificou que, durante a vida, 17% das pessoas já consideraram seriamente o suicídio, 5% chegaram a elaborar um plano para se matar e 3% tentaram se suicidar efetivamente. De três pessoas que tentaram, apenas uma foi atendida em um pronto-socorro.

 

As causas são as mais variadas, no entanto, a depressão é a desordem que está mais associada ao suicídio. Um dos sintomas em pessoas propensas a tirar a própria vida é a constante presença de um sofrimento profundo. Remoem pensamentos de maneira obsessiva e perdem facilmente a esperança de reverter sua situação. Elas perdem a vontade de realizar tarefas básicas.

 

Outro fator é que as mudanças de humor são drásticas e os sentimentos são extremos, com proporções muito além do normal.

 

A situação é bastante grave e precisamos estar preparados para combatê-la da melhor maneira possível. Creio que a iniciativa do Setembro Amarelo é uma ótima ferramenta de conscientização, mas também, precisamos nos sensibilizar para reconhecer casos que possam estar em nossa volta.

 

É nosso dever diminuir esta estatística no Brasil e é hora de trabalharmos com afinco para proteger nossos jovens, que são o futuro de nossa nação.

 

 

* Artigo extraído de discurso apresentado na Câmara Federal.

 

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