Hepatite A

Artigo cadastrado dia 22/11/2017
Jefferson Campos fala sobre o surto de Hepatite A na cidade de So Paulo, que teve aumento nos ltimos meses e chama ateno para a preveno da doena

Gostaria de utilizar este espaço para fazer um alerta. Por incrível que pareça, São Paulo atravessa um surto de hepatite. A doença que cresceu quase 11 vezes na cidade de São Paulo, neste ano.

 

Desde o início do ano até o mês passado, os casos de hepatite A aumentaram 960% na cidade de São Paulo, quando se aborda os números de casos confirmados em comparação ao mesmo período do ano passado. Tal fato já causou duas mortes, colocou quatro pessoas na fila de emergência para transplante, hospitalizou 155 pessoas e 604 casos foram registrados até dia 28 de outubro contra apenas 57 casos em comparação a 2016.

 

O grupo que corresponde a 80% das contaminações é de homens com idades entre 18 a 39 anos. A doença é causada pelo vírus VHA que desenvolve um processo inflamatório no fígado e pode ser transmitida através da ingestão de alimentos e água contaminados e do sexo oral e anal sem proteção.

 

Considera-se que 45% dos casos foram transmitidos por meio de relações sexuais sem proteção e 10% através ingestão de alimentos e líquidos contaminados. Para os 45% restantes ainda não se sabe a causa. Os dados são da Coordenadoria de Vigilância em Saúde – Covisa.

 

Uma vez que a hepatite A não tem tratamento específico e nem cura, a prevenção ainda é o melhor remédio. Na maioria dos casos, o organismo é capaz de lutar contra o vírus sozinho ganhando imunidade permanente, porém, o oposto também pode acontecer e a doença pode se tornar fulminante e levar à morte.

 

Para a prevenção é necessário consumir comidas somente provenientes de locais cuja higienização seja constante; evitar o consumo de itens crus ou mal cozidos; a água somente potável; as mãos devem ser muito bem lavadas após o uso do banheiro; existe vacinação contra a Hepatite A disponível no o Sistema Único de Saúde; o sexo deve ser sempre protegido.

 

Os sintomas mais claros são a icterícia, que é a cor amarelada da pele e olhos; urina escura; fezes esbranquiçadas ou acinzentadas, mas no início são muito semelhantes a um resfriado, como febre baixa, falta de apetite, enjoo, vômito, dor de barriga, desconforto abdominal e fraqueza.

 

Com uma enfermidade destas não se brinca, portanto, toda informação a respeito da doença deve ser rapidamente divulgada, evitando assim que o surto se alastre para o restante do país.

 

 

* Artigo extraído de discurso apresentado na Câmara Federal.

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