Em sessão realizada nesta terça-feira (7), a Câmara dos Deputados aprovou, por 270 votos a 207, o Projeto de Lei Complementar (PLP) 177/23, que amplia de 513 para 531 o número de deputados federais. A proposta visa redistribuir as cadeiras da Câmara com base nos dados populacionais do Censo de 2022, aumentando o número de representantes em nove estados. O texto agora segue para análise do Senado Federal.

O deputado federal Jefferson Campos foi um dos parlamentares que votaram contra a medida. Em sua justificativa, o deputado destacou que a ampliação de cadeiras representa um aumento de gastos públicos desnecessário e contraria o desejo da população por uma máquina pública mais enxuta.

“O Brasil precisa de responsabilidade com o dinheiro do povo. Não é aumentando o número de deputados que vamos melhorar a representação. Pelo contrário: vamos aumentar ainda mais o custo da política para o contribuinte”, afirmou o deputado Jefferson Campos.

De acordo com estimativas técnicas, a criação de 18 novas cadeiras poderá gerar um impacto orçamentário de aproximadamente R$ 64,6 milhões por ano, considerando salários, verbas de gabinete e benefícios.

A proposta prevê aumento de vagas para estados como Pará, Santa Catarina, Amazonas, Mato Grosso, Rio Grande do Norte, Paraná, Ceará, Goiás e Minas Gerais. Nenhum estado perderá cadeiras — um critério acordado entre os parlamentares durante a tramitação da matéria.

Para o deputado Jefferson Campos, a rediscussão do tamanho da Câmara dos Deputados deveria priorizar a redução de despesas e a modernização da atuação legislativa, e não o aumento de cadeiras.

“O cidadão quer mais saúde, educação, segurança e infraestrutura. Este deveria ser o foco das discussões no Congresso. Por isso, votei contra esse projeto, em respeito ao contribuinte brasileiro”, concluiu.