Crise na Sade Mundial

Artigo cadastrado dia 13/12/2017
Deputado Jefferson Campos discute sade mundial, e aponta dados que mostram que metade da populao mundial no tem acesso aos servios essenciais de sade

Fazendo minha leitura diária das notícias, deparei-me com uma que me impressionou um tanto e quero compartilhar aqui alguns pensamentos.

 

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde – OMS, metade da população mundial não tem acesso aos serviços essenciais de saúde e as que têm gastam grande parte do orçamento com despesas médicas.

 

Em verdade, esta realidade faz parte do cotidiano nosso, como brasileiros, há muito tempo. Somos sabedores de que, apesar de todo esforço para melhorar o Sistema Único de Saúde – SUS, devido à sangria em seus recursos, estamos muito aquém de oferecer qualidade no que tange a Saúde pública. Gostaríamos realmente de atender dignamente nossa população, mas precisamos inicialmente sarar nosso sistema de distribuição de verbas de forma que nada se perca no caminho. Isto é fato. Contudo, nunca pensamos que este problema tem abrangência mundial. Achamos que só no Brasil encontramos dificuldades em atender nossa população, mas o fato é que os demais governantes de outras nações também têm que enfrentar os mesmos fantasmas que nós.

 

Numa conferência em Tóquio, no Japão, a OMS divulgou hoje o relatório do Banco Mundial explicitando que 800 milhões de pessoas no mundo gastam 10% do que ganham com saúde e quase 100 milhões são obrigadas a viver com menos de US$ 1,90 por dia por conta desses gastos.

 

De acordo com o documento o acesso é maior para alguns tratamentos, como o de drogas, anti-HIV e vacinas, mas este acesso é lento e desigual no mundo, além do fato de que parte desse acesso é conquistado com sacrifício financeiro de famílias.

 

Um bom exemplo é que, segundo os dados, apenas 17% das mães de crianças em lares mais pobres recebem as intervenções de saúde básica para o cuidado de crianças, como testes essenciais e vacinas, isto em países de baixa e média renda. Já nos países ricos, 74% das famílias têm acesso a serviços básicos durante a maternidade.

 

Já que não são todos os países no mundo que oferecem acesso universal à saúde, estimular o acesso a ele, também é um dos objetivos do relatório, de forma que todos os cidadãos tenham acesso gratuito e completo aos serviços de médicos. O Brasil, Holanda, Reino Unido e Canadá já oferecem este tipo de acesso. Nos Estados Unidos e na África do Sul não há acesso universal.

 

Um outro prisma pelo qual, cedo ou tarde, todas as nações terão que olhar, é o da população mundial. Hoje somos em mais de 7,5 bilhões de habitantes. Precisamos meditar sobre como o planeta terá capacidade de suportar uma população que aumenta tão rapidamente e refletir sobre as condições que cada família tem de suprir com qualidade aos filhos que gera. Claro, não falo aqui sobre controlar a natalidade, mas sobre conscientizar a população da responsabilidade de cada pai e mãe em sustentar, prover ensino de qualidade, saúde, alimentação para os filhos que gera e, quem sabe, pensar se não seria melhor ter menos filhos para poder prepara-los melhor para o mundo.

 

O fato é que temos pela frente uma boa demanda para trabalharmos criando políticas públicas que busquem soluções para os graves problemas aqui colocados.

 

 

* Artigo extraído de discurso apresentado na Câmara Federal.

 

 

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